terça-feira, 24 de março de 2009

Hisae Watanabe

O nome, Hisae Watanabe. Conhecem? Pois eu também não. Ou não conhecia até este momento. E conheço tanto como vocês conhecem. Ou seja, estou a falar da Hisae no mesmo momento em que escrevo isto. Enquanto googlava algo diferente, encontrei a Hisae, a fotografia apaixonou-me, foi assim, de imediato, golpe directo com luvas. Esta pose, deixou-me convencido, o ar tranquilo de vencedora. Ela não é o Rocky, na vida não há Rockies, há inteligência, há treino, há equilibrio pessoal.
Esperarmos que outro nos leve ao ringue para vencer o cinto, nunca nos colocará lá. Termos noção da sala onde estamos e que o sítio onde estamos em determinado momento é que faz de nós o que somos nesse mesmo momento, é aquilo que todos sabemos e que Hollywood teima em não mostrar.
Não vejo o rocky nesta imagem, vejo um lutador, com pontos fortes e fracos, com possibilidade de ganhar e com a certeza de perder se ficar parada muito tempo no mesmo sítio ou se relaxar a guarda. Ela sabe, por isso desfruta o momento, mas ao mesmo tempo, não é uma deusa, é uma lutadora, com tudo o que de humano isso leva atrás.

Neste momento fotografado, a sala dela é um ringue com um cinto de campeã, e é quem ela é, campeã.


segunda-feira, 23 de março de 2009

Disclaimer: Este blog não é táctil, nada aqui se toca, o único efeito que terá por tocar neste ecran é engordurar o próprio ecran.

É um ódio de estimação. ultrapassa os telemóveis no cinema, falo de ecrans tácteis. Falo, na verdade, não dos pobres ecrans, mas na forma como os seus donos os usam. iPhones e etc, todos os donos de um ecrãn táctil, (os quais são cada vez mais da forma como a publicidade agressiva nos quer convencer que precisamos de um) movem o ecran de forma exibicionista, em movimentos de mão dignos de um ilusionista sobre o palco, em excessivas reviravoltas de pulso, exercendo controlados níveis de pressão sobre o ecrãn, para abrir...uma régua ou qualquer outra aplicação infantil de menos utilidade que o Pong. Valha-nos que eles são o futuro, valha-nos isso, pois talvez se banalize, talvez se torne habitual mover o ecran táctil e então nessa data, os sobranceiros "táctileiros" se movam mais casualmente, um casual descontrolado e desenfreado, o mesmo casual com que fazemos café de manhã na nossa velha cafeteira (nexpressos não contam). Mas até esse dia, resta-nos esperar e suportar...suportar a velha pedanteria lusitana na utilização de ecrãns tácteis, e eventualmente podemos começar a dizer a todos os "táctileiros"... "olha, o menu não se alterou desde há cinco minutos quando andaste por aí a dedilhar os teus dedos gordurosos, por isso era uma boa altura para parar"