Portugal começa na capital
Segundo o jornal "Público" hoje, o sindicato de trabalhadores do município de Lisboa teme um despedimento em massa de funcionários da câmara municipal através da redução de 30% dos funcionários avençados. A noticia é confusa, mas também não faz mal, a câmara municipal de Lisboa também o é.
Seguindo a notícia com zeloso interesse, fingindo que informação é sempre útil e vital para acompanhar o fato e a gravata no processo de "acinzentação" (para não dizer outra coisa...) completo, acusa o sindicato a CML de ser uma decisão baseada em "um aspecto financeiro que prevalece".
Pois.
...brilhante...
um gestor que toma uma decisão baseado num aspecto financeiro.
Que crítica...
...
...que perspicácia sindical...
Isto certamente salvará o emprego a toda aquela gente.
Depois há mais, a meio da noticia diz-se que são trabalhadores a recibos verdes. São portanto, prestadores de serviços, logo não são despedidos. São pessoas que verão a sua prestação de serviços terminada.
Mas deixando de lado esses pormenores, o que o artigo tem escrito de cima a baixo é cansaço.
O cansaço do jornalista, que cita o sindicato, cita a oposição, não comenta sequer a falta de citação da CML (será porque não quiseram responder ou porque não perguntaram?). A forma mecânica como a noticia é apresentada, sem qualquer interesse de quem tem escrito sobre despedimentos todos os dias.
O cansaço do sindicato, sem realmente protestar com qualquer pertinência
O cansaço da oposição, Carmona Rodrigues a contestar a falta de verbas para investimento por culpa da derrapagem orçamental (hello? quem é que acabou de sair do posto?)
O cansaço de quem comenta. Achando muito bem o excesso de funcionários na câmara. (sem se saber quantos funcionários há na câmara, de imediato salta a acusação do excesso de funcionários na função pública e como eles são malvados e como tudo é horrível).
Finalmente, o cansaço de quem lê a notícia que, a meio, já adivinha o fim.
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