segunda-feira, 13 de abril de 2009


é uma comichão, um peso. Não uma cruz, que lá por ser Páscoa não sou desses... é algo que pesa, um sentimento de vagar, que nos atrasa. Feito de melancolia, prende-nos. Lia as mil e uma noites e aparecia uma citação do profeta que dizia: "escravo da sua casa é qualquer homem que se julga livre". (isso num contexto de três mulheres que faziam a delicia a viajantes, que Bagdad de sonhos era aquela...). Do seu espaço um homem tem dificuldades em sair, de soltar amarras, largar tudo o que tem, embora seja certo e sabido que no fim da vida nada levaremos connosco, é o resultado da construção, vida torta, ainda assim tentamos sempre alargar as fundações. Que mel que nos gruda ao nosso sítio. Que conforto na banalidade,

e ainda assim deixamo-nos ficar. Onde está quentinho, onde, pensamos sabendo que não é assim que não nos poderão magoar. Ainda que só caindo aprendemos.

Coisa estranha esta da vida, que tudo de bom dá, que tudo de bom tira

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